quinta-feira, 4 de outubro de 2012

MOTO TOUR - ITANHANDU – TERRAS ALTAS DA MANTIQUEIRA



 Mais uma vez o objetivo é curtir a motoca no fim de semana e, se está com disposição e com vontade de fazer uma caminhada, pegar umas estradinhas de terra, comer uma comidinha caseira e se refrescar em uma cachoeira com água geladinha, a escolhida dessa vez pode ser  a Cachoeira do Andurinhão.  Ela está localizada no Bairro Paiolinho, em Passa Quatro, mas optamos por ficar em Itanhandu para rodarmos um pouco mais e conhecer melhor a região.
Distante aproximadamente 260km de São Paulo, esse roteiro vai exigir mais tempo para aproveitar a moto e a cidade, de preferência dois dias. Pode sair no sábado bem cedinho, sem preguiça e pegar estrada sem pressa. Essa é uma opção legal para passar um fim de semana bem acompanhado em uma cidadezinha tranquila. Faça uma parada no meio do percurso para tomar um café da manhã e esticar as pernas, lembre-se, é para relaxar...









Saindo de São Paulo, pode-se optar pela Rod. Pres. Dutra ou a Rod. Gov. Carvalho Pinto. Se for pela Carvalho Pinto, ela vai terminar na Dutra de qualquer jeito na altura de Taubaté. A Partir de Taubaté siga direto pela Dutra.  Passe a entrada de Cachoeira Paulista e fique atento, pois você entrará para Cruzeiro em alguns minutos (Esse caminho evita que você passe por dentro de Cachoeira Paulista)
A partir de Cruzeiro a estrada já começa a mudar e ficar mais cênica, é hora de ir mais tranquilo para aproveitar a paisagem sem perder a atenção na estrada sinuosa.
A subida é agradável com alguns pontos que valem uma foto. Logo depois da divisa de SP-MG está Passa Quatro, você já está nas Terras Altas da Mantiqueira. Daí para Itanhandu é um “tirinho”!
Em Itanhandu, são várias opções de entretenimento para quem gosta de natureza. Banhos de Cachoeiras, trekking, montanhismo, Mountain bike, caminhadas, cavalgada, passeios de Jeep, banhos em rios com água transparente.  O objetivo agora é interagir com a natureza! Escolha uma atividade e divirta-se!
Itanhandu surgiu no começo do século XVIII com um pequeno grupo de casas em meio a várias fazendas que recebeu o nome de Arraial da Barra do Rio Verde. Depois de inaugurada  a Estrada de Ferro Minas e Rio (1884) a população começou a crescer e, em 1904, o arraial recebeu seu nome definitivo com origem indígena . Ita (pedra), nhandu(corredeira, ema)que pode significar “ema de pedra”, “local onde correm as pedras” ou “seixos rolados”. Itanhandu tornou-se distrito em 1911 e emancipou-se em 1923 como município.
Para quem quer descansar o clima favorece, escolha uma boa pousada ou hotel fazenda e desligue o telefone.  A comida local, como toda boa cidade mineira, tem como forte os derivados de leite. Você pode experimentar doces caseiros, queijos, requeijão, biscoito de polvilho, chocolate artesanal, yogurt, enfim,  muitas opções para voltar mais “pesado” para casa.
Mas, vamos ao que interessa, a Cachoeira do Andurinhão! O caminho para ela tem estrada de terra e, devido a isso, não aconselho para motos que não tenham características on/off. O caminho é muito bonito, e bem sinuoso.  A partir da estrada de asfalto (MG-158), em frente do laticínio Alhambra (parada obrigatória na volta),  são aproximadamente 18km até a casa simples do Sr. Geraldo Joana, proprietário e guia da cachoeira. Uma pessoa simples e bem disposta, o Sr. Geraldo leva até a cachoeira contando vários “causos” da região.  Leve uma roupa mais leve e troque antes da caminhada e não esqueça de uma roupa de banho, pois tem duas cachoeiras para se refrescar. A trilha é tranquila e não exige maiores esforços para chegar, com calma se chega a ela tranquilamente. O local não tem estrutura para receber turista, é a própria casa simples onde ele mora, devido a isso, levar um lanchinho para comer aos pés da cachoeira é uma ótima pedida! Não esqueça de algo para beber também!
Nesse caminho de terra não tenha medo de perguntar pois não existem placas nem informações, tem que ser no “boca a boca”. Isso já dá uma selecionada no volume de pessoas que visitam o lugar, e consequentemente na sua preservação. Esse passeio pode ser feito na parte da tarde mesmo, para depois voltar para cidade. No caminho até lá, outros pontos interessantes surgirão.
De volta a cidade, vale passear pela cidade em busca de algum lugar para jantar, comer um docinho caseiro e ir descansar.
Se programe para não sair muito tarde no domingo para aproveitar o visual da volta, pegar uma estrada mais tranquila, tomar um bom café da manhã com a qualidade mineira. Dá até para fazer mais algum passeio antes e comprar uns queijinhos para levar para casa.
Para conhecer o comércio local, a dica é ir na antiga Estação Ferroviária e nos ateliês dos artistas, lá encontra-se artigos da culinária local, arte e artesanatos.
Itanhandu tem uma agenda repleta de atrações de Janeiro a Dezembro, confira o calendário no site oficial da cidade: www.itanhandu.mg.gov.br e também várias dicas de hospedagem, restaurantes e passeios.
Dicas:
O caminho passa por 4 pedágios na ida e 4 na volta, com vinte reais(em Abril) dá para ir e voltar. Separe um bolso da jaqueta só para o pedágio, facilita.
Leve roupas para caminhar e tomar banho de rio/cachoeira
Leve comida/bebida para o passeio da cachoeira
Comida:  no bairro rural do Jardim tem a Sebastiana com fogão a lenha, simplicidade e saborosa comida mineira, próximo a Igreja do Jardim, é só perguntar. Tel: (35)9129-7208, para um belo café caipira a base de milho e uma bela vista tem a Luzia, na Serra dos Noronhas, precisa ligar para reservar (35) 9977-8962, tudo feito com produção própria.
Câmera fotográfica é sempre bem vinda

Agradecimentos:
Sra. Lúcia Penedo Costa Carvalho pela disposição em atender-me no domingo de manhã.
Sr. Geraldo Joana pelas estórias, simpatia e prontidão em atender-me
A moto usada nessa matéria foi uma Honda Transalp 700cc com freio ABS que superou muito bem as estradas de terra e o freio ABS deu bastante segurança nas descidas íngremes da serra. Na estrada o conforto e o motor fizeram a distância parecer menor. 

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