Distante aproximadamente 260km de São Paulo, esse roteiro
vai exigir mais tempo para aproveitar a moto e a cidade, de preferência dois
dias. Pode sair no sábado bem cedinho, sem preguiça e pegar estrada sem pressa.
Essa é uma opção legal para passar um fim de semana bem acompanhado em uma
cidadezinha tranquila. Faça uma parada no meio do percurso para tomar um café
da manhã e esticar as pernas, lembre-se, é para relaxar...
Saindo de São Paulo, pode-se optar pela Rod. Pres. Dutra ou
a Rod. Gov. Carvalho Pinto. Se for pela Carvalho Pinto, ela vai terminar na
Dutra de qualquer jeito na altura de Taubaté. A Partir de Taubaté siga direto
pela Dutra. Passe a entrada de Cachoeira
Paulista e fique atento, pois você entrará para Cruzeiro em alguns minutos (Esse
caminho evita que você passe por dentro de Cachoeira Paulista)
A partir de Cruzeiro a estrada já começa a mudar e ficar
mais cênica, é hora de ir mais tranquilo para aproveitar a paisagem sem perder
a atenção na estrada sinuosa.
A subida é agradável com alguns pontos que valem uma foto.
Logo depois da divisa de SP-MG está Passa Quatro, você já está nas Terras Altas
da Mantiqueira. Daí para Itanhandu é um “tirinho”!
Em Itanhandu, são várias opções de entretenimento para quem
gosta de natureza. Banhos de Cachoeiras, trekking, montanhismo, Mountain bike,
caminhadas, cavalgada, passeios de Jeep, banhos em rios com água
transparente. O objetivo agora é
interagir com a natureza! Escolha uma atividade e divirta-se!
Itanhandu surgiu no começo do século XVIII com um pequeno
grupo de casas em meio a várias fazendas que recebeu o nome de Arraial da Barra
do Rio Verde. Depois de inaugurada a
Estrada de Ferro Minas e Rio (1884) a população começou a crescer e, em 1904, o
arraial recebeu seu nome definitivo com origem indígena . Ita (pedra), nhandu(corredeira,
ema)que pode significar “ema de pedra”, “local onde correm as pedras” ou
“seixos rolados”. Itanhandu tornou-se distrito em 1911 e emancipou-se em 1923
como município.
Para quem quer descansar o clima favorece, escolha uma boa
pousada ou hotel fazenda e desligue o telefone.
A comida local, como toda boa cidade mineira, tem como forte os
derivados de leite. Você pode experimentar doces caseiros, queijos, requeijão,
biscoito de polvilho, chocolate artesanal, yogurt, enfim, muitas opções para voltar mais “pesado” para
casa.
Mas, vamos ao que interessa, a Cachoeira do Andurinhão! O
caminho para ela tem estrada de terra e, devido a isso, não aconselho para
motos que não tenham características on/off. O caminho é muito bonito, e bem
sinuoso. A partir da estrada de asfalto
(MG-158), em frente do laticínio Alhambra (parada obrigatória na volta), são aproximadamente 18km até a casa simples do
Sr. Geraldo Joana, proprietário e guia da cachoeira. Uma pessoa simples e bem
disposta, o Sr. Geraldo leva até a cachoeira contando vários “causos” da
região. Leve uma roupa mais leve e
troque antes da caminhada e não esqueça de uma roupa de banho, pois tem duas
cachoeiras para se refrescar. A trilha é tranquila e não exige maiores esforços
para chegar, com calma se chega a ela tranquilamente. O local não tem estrutura
para receber turista, é a própria casa simples onde ele mora, devido a isso,
levar um lanchinho para comer aos pés da cachoeira é uma ótima pedida! Não
esqueça de algo para beber também!
Nesse caminho de terra não tenha medo de perguntar pois não
existem placas nem informações, tem que ser no “boca a boca”. Isso já dá uma
selecionada no volume de pessoas que visitam o lugar, e consequentemente na sua
preservação. Esse passeio pode ser feito na parte da tarde mesmo, para depois
voltar para cidade. No caminho até lá, outros pontos interessantes surgirão.
De volta a cidade, vale passear pela cidade em busca de
algum lugar para jantar, comer um docinho caseiro e ir descansar.
Se programe para não sair muito tarde no domingo para
aproveitar o visual da volta, pegar uma estrada mais tranquila, tomar um bom
café da manhã com a qualidade mineira. Dá até para fazer mais algum passeio
antes e comprar uns queijinhos para levar para casa.
Para conhecer o comércio local, a dica é ir na antiga
Estação Ferroviária e nos ateliês dos artistas, lá encontra-se artigos da
culinária local, arte e artesanatos.
Itanhandu tem uma agenda repleta de atrações de Janeiro a
Dezembro, confira o calendário no site oficial da cidade: www.itanhandu.mg.gov.br e também
várias dicas de hospedagem, restaurantes e passeios.
Dicas:
O caminho passa por 4 pedágios na ida e 4 na volta, com
vinte reais(em Abril) dá para ir e voltar. Separe um bolso da jaqueta só para o
pedágio, facilita.
Leve roupas para caminhar e tomar banho de rio/cachoeira
Leve comida/bebida para o passeio da cachoeira
Comida: no bairro
rural do Jardim tem a Sebastiana com fogão a lenha, simplicidade e saborosa
comida mineira, próximo a Igreja do Jardim, é só perguntar. Tel: (35)9129-7208,
para um belo café caipira a base de milho e uma bela vista tem a Luzia, na
Serra dos Noronhas, precisa ligar para reservar (35) 9977-8962, tudo feito com
produção própria.
Câmera fotográfica é sempre bem vinda
Agradecimentos:
Sra. Lúcia Penedo Costa Carvalho pela disposição em
atender-me no domingo de manhã.
Sr. Geraldo Joana pelas estórias, simpatia e prontidão em
atender-me
A moto usada nessa matéria foi uma Honda Transalp 700cc com
freio ABS que superou muito bem as estradas de terra e o freio ABS deu bastante
segurança nas descidas íngremes da serra. Na estrada o conforto e o motor
fizeram a distância parecer menor.
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