terça-feira, 24 de julho de 2012

BONITO - MS - CAIAQUE NO RIO FORMOSO



Morei muito tempo em Bonito-MS  e sou feliz em  ter aproveitado e explorado muito a região de várias maneiras.

Uma das coisas que gostava muito de fazer por lá era remar. A transparência dá água, a fauna e flora abundantes e a quantidade de cachoeiras e corredeiras, é simplesmente impressionante!
Vale dizer que isso não faz parte dos atrativos turísticos da região, isso eu  fazia para “passar o tempo” com  alguns amigos.

O Rio Formoso  nasce e morre dentro do município de Bonito. Já tive a oportunidade de mergulhar algumas vezes em sua nascente, uma caverna sub que se comunica com outra a poucos metros de distância na superfície. Podendo entrar por uma e sair por outra, a mais de 40mts de profundidade. Simplesmente fantástico! E também chegar ao seu final, quando entrega suas águas cristalinas para o Rio Miranda.
Entre seu início e seu final, tem muita coisa para se ver, pois são aproximadamente 120km! Parte dele é explorado turisticamente com passeios de flutuação, balneários, passeios de bote, mergulho, enfim, tem muita opção, cachoeiras eu perdi a conta!

É muito legal estar remando e ver Dourados, Piraputangas, Curimbatás,Piaus, Capivaras, Sucuris, Araras, e muitas coisas mais que dependem desse rio. Logicamente que tem as coisas ruins também, ainda se vê lixo, gente pescando onde não pode, construções irregulares, pontes em péssimo estado, o capim navalha que muitas vezes fecha o caminho,  enfim, nem só de glórias se vive. Existe sempre os dois lados!

Já desci esse rio com vários amigos, dentre eles, o Jerry que foi passar uns dias em casa, o Alex, o Beto       (campeão de canoagem do estado), o André (que só conheceu parte desse rio porque resolveu ficar mais um dia em Bonito), o Maiko, o Márcio, o Juca...etc...

A região de Bonito é uma região calcária, graças a isso as águas são tão limpas e cristalinas! Devido a isso também, é que as cachoeiras estão sempre “crescendo”. O calcário vai se sobrepondo em tudo que está dentro do rio, então para exemplificar simples e rapidamente, se um galho enrrosca na cabeceira de uma cachoeira, o calcário vai envolvendo esse galho que se funde a cachoeira e começa a “segurar” outros galhos, folhas, latinhas, e tudo o mais que cair lá dentro. E isso vai aumentando o tamanho da cachoeira. Por  isso que não se pode subir nas cachoeiras de Bonito, pois, com o pisoteio elas vão esfarelando e diminuindo de tamanho, até desaparecerem por completo, como aconteceu na época em que não havia controle no Balneário Municipal.

Para quem vai a Bonito, pode conhecer partes desse rio fazendo flutuação e passeio de bote.

Separei algumas imagens para tentar mostrar um pouco dessa beleza!









Não vejo a hora de fazer isso de novo!! 

sexta-feira, 20 de julho de 2012

TREKKING - CÓRREGO DA MACONHA



Córrego da Maconha  - Homenagem a um grande amigo e irmão de aventuras!

Era 2004, quando eu ainda morava em Bonito e trabalha como guia de turismo e guia de mergulho em cavernas, recebi a visita de dois grandes amigos que não pensei se tornarem maiores ainda. Aventureiros de alma, tinha por obrigação armar algumas “roubadas” para nos divertirmos juntos. E assim foi...
Primeiro precisava consultar e convidar um grande amigo, um irmão de profissão e de alma, Mário Brother! Não vou falar dele, pois me dá um nó na garganta, simplesmente quero deixar esse relato de uma das aventuras que fizemos que realmente marcou nossas vidas (Minha,  do André e da Karina).
O Mário prontamente aceitou o convite com um sorriso no rosto e marcamos. Iríamos fazer um trekking no Córrego da Maconha. Não me lembro a origem do nome, mas  ele nos explicou, agora não lembro.
Nos dirigimos para Bodoquena, pegamos o Mário em casa e fomos para o início do trekking. Munidos de carta topográfica, bússola, mochilas com tudo que precisávamos partimos para a propriedade rural em que se encontrava o córrego. Pedimos permissão e seguimos! 
O que vimos ali, foi a mais pura natureza! Intocada! Virgem! Parecia um cenário de sonho! 
Caminhávamos por dentro d’água o tempo todo! Era uma cachoeira atrás da outra. Água cristalina! Um fato que me lembro foi do Mário tomando um tombão e caindo dentro d’água!
Só deu tempo de fotografar ele saindo ensopado e rindo com mochila e tudo!!
O André e a Karina, ficaram pasmos com o lugar! Lembro que a Ká, quando chegava em uma nova cachoeira olha e falava: “O que é isso? Que coisa mais linda!”  Ela estava o tempo todo caminhando e nadando!  O Mário nos proporcionou essa experiência que, várias vezes prometi a mim mesmo que voltaria lá devido a beleza do lugar, mas não voltei! Ainda! Só sei que foram horas fantásticas que passamos juntos nos divertindo, contando piadas, escutando as explicações do Mário sobre o lugar, a região, as plantas, animais, enfim, de tudo!
São coisas desse tipo que agradecemos por respirar, convivências como essa que valem a pena e que superam qualquer dificuldade!
Ainda hoje, me organizando para voltar a região, fui achar o contato do Mário. Não achei, fazia tempo que não nos falávamos! As últimas vezes foi através do Orkut! Entrei na internet e achei informações dele!  Muito surpreso e paralisado, descobri que ele havia nos deixado a 2 anos, aos 46 anos, vítima de um infarto fulminante...
Fique em paz meu AMIGO e olhe por nós em nossas aventuras! Você está em nossos corações!











quarta-feira, 18 de julho de 2012

TRILHA DE QUADRICICLO EM CAMPOS DO JORDÃO




Julho vem o frio, com frio logo pensamos na lareira, cobertor e chocolate quente entre outras coisas mais. Esses pensamentos nos levam a Campos do Jordão,  a estação de inverno dos paulistas.
Confesso que a cidade poderia ser melhor cuidada,  afinal, é para lá que, no inverno, se dirigem os mais afortunados! De carros importados a Helicópteros, chegam de todo os lados e se aconchegam no alto da serra em suas belas casas, hotéis, pousadas e casas alugadas. Botam fogo na lareira, se vestem elegantemente e passeiam no centro da cidade. Verdade que não só desse povo que Campos sobrevive, afinal, bom gosto existe em todas as classes sociais.
A cidade se prepara para esse glamour, com lojas montadas especialmente para Julho, onde estão expostos todo tipo de tentação! Desde o espetinho de morango com aquele chocolate derretido a carros importados!
Estive lá no dia 14 de Julho de 2012, sem carro importado e sem helicóptero, fui de moto nacional mesmo, uma Yamaha XT660R Enduro.  Imagina o frio! Cheguei em Campos no dia 13 por volta das 18hs. Um frio fdp! Meus dedos das mãos perderam a sensibilidade e, para ajudar, eu não achava a casa em que dormiria. Não conseguia discar os números no telefone, o capacete embasava com a respiração, uma delícia!  Depois de muito rodar, achei a casa e tudo ficou bem!
Mas não fui a passeio, fui cobrir um passeio de quadriciclo! O meu glamour estava na lama!! Me lembrei de quando fui fazer a muito tempo, uma etapa do campeonato paulista de Enduro de Regularidade. Eram dois dias de prova. No segundo dia de manhã, a moto não pegava de tanto frio e a bota, estava congelante!! Muito bom!
Mas enfim, o “passeio” de quadriciclo foi muito divertido, muita estrada de terra, muita erosão, muita lama, pedras, natureza, bom almoço e  pouca poeira, fizeram a alegria de mais de 25 pessoas.  O passeio é organizado pela BRP, fabricante de quadriciclos, e quase todo fim de semana tem um passeio em cidades diferentes do Brasil todo! Muito legal!!
Tinha adultos, jovens , crianças, adultos mais adultos, homens, mulheres, famílias, sozinhos, namorados, enfim, um grupo bem diversificado e divertido!
A inscrição começou no sábado de manhã, momentos antes do início do passeio, com um belo café da manhã para armazenar energia!
Eu fui para a trilha com uma Honda CRF 230, porque precisava ser mais ágil e mais rápido para poder fotografar. Na verdade, me senti dentro de uma prova de Enduro de Velocidade! Eu tinha que andar na frente, achar um ponto para fotografar, parar, tirar luva, capacete, câmera da mochila e...enfim....fotografar!! Até eu fazer isso, já haviam passado uns 4 participantes!!  E depois do último eu tinha que, na ordem, guardar a câmera, botar a mochila, o capacete , as luvas e...ultrapassar todo mundo de novo! E o povo acelerando!  E isso se repetiu o dia inteiro! Foi muito bom,  me fez voltar aos bons tempos de Trilhas, Enduro e Motocross que tantos amigos conheci!
Mas nesse “passeio” , além de belas paisagens e trilhas estreitas, teve um atoleiro que era de gente grande!
Numa dessas de ultrapassar todo mundo para ir achar um ponto para fotografar, um dos organizadores me disse: “Lá na frente tem um atoleiro!” – pra quê! Sai igual um doido acelerando para ter tempo de estar fotografando quando eles chegassem!  Cheguei no atoleiro e fiz todo o procedimento de novo: para a moto, tira a luva, capacete, mochila, câmera e começa a fotografar....quando estava na metade dos participantes, o cara que me avisou do atoleiro me diz: “Não é esse, é lá na frente!!” – PQP!!!  Tudo de novo! Guarda, veste, põe e sai.....quando cheguei no atoleiro....virxe!! Era um rio de lama!! Não pensei duas vezes e já enfiei a moto na lama! Tive que ser rebocado! Nem “tatu de chuteira” subia o barranco!!
A mochila do equipamento ficou parecendo o morango coberto de chocolate!!  Eu ficava fotografando e desviando da lama que os quadriciclos jogavam!!  Muito bom!!
Depois de um belo e merecido almoço caipira, voltamos todos inteiros para onde o passeio começou. Todos com um belo sorriso no rosto e muita lama no corpo!! E quem quisesse, podia fazer um test drive em alguns modelos da marca!
Foi muito bom!  Nem lembrei de frio.....
Parabéns aos participantes, a organização do evento e a BRP pela iniciativa!









Quem quiser saber sobre os passeios: http://www.canamtours.com.br/agenda.aspx

quinta-feira, 12 de julho de 2012

TURISMO - ÁFRICA DO SUL – TERRA DOS SAFÁRIS




Desde pequeno, sempre escutei que os “grandes bichos” estavam na África. Eu era pequeno mesmo, e imaginava o continente Africano como uma selva total! Não estava muito errado, só não imaginava que era tão grande! Hoje, já mais “velhinho” tenho noção do que é a África como continente, mas, ainda continuo na imaginação estar frente a frente com os seus animais. (lógicamente dentro de um carro ou algo semelhante...) Tive uma fase que só assistia programas que falassem de natureza e, quando apareciam Elefantes, Rinocerontes, Leões...entre outros, era lá, na África!
 
A pouco mais de 3 anos, um irmão (de afinidade) se mudou para lá. Foi se aventurar e estudar um novo idioma. Ele foi para a África do Sul, especificamente, Cape Town.
Foi amor a primeira vista! Está a dois anos trabalhando na Área de Turismo (ele era guia de turismo da EMBRATUR em Bonito-MS) e está cada dia que passa, mais encantado com tudo aquilo! As belezas cênicas, a história e diferenças culturais são fascinantes! – diz ele.
Devido a ele estar lá e conhecer aquela região, continua nos meus sonhos viajar para lá e pedi para que escrevesse algo a respeito para não deixar esse sonho de lado e repasso aqui para quem se interessar. Lembrando que meu objetivo seria somente ver os “bichinhos”, nem imagino tempo para tubarão branco, trilhas de bike, ou qualquer outra atividade. O que ele me passou foi isso:
Estando em Joannesburg, com 2hs de avião, ou 6hs de carro para o norte do País está o Kruger Nacional Parque. Esse foi o primeiro parque nacional criado no País e conta com aproximadamente 350km²! (http://www.krugerpark.co.za/)  
Dentro desse parque se encontram mais de 50 espécies de mamíferos!
Opção de hospedagem tamém não faltam, a África do Sul possui uma infra-estrutura impressionante de acomodações, podendo encontrar hotéis e Lodges de 3 estrelas a 5 estrelas superior que oferecem experiências incríveis aos seus visitantes. Existe hospedagem na região do Parque, dentro do parque ou em reservas particulares.
Uma das atividades mais procuradas são os Safaris Fotográficos em Jipes 4x4, que te levam a poucos metros de animais selvagens e que antes só habitavam a sua imaginação como: Leões, Rinocerontes, Elefantes, Leopardos, dentre outros mais
Outra coisa imperdível, segundo ele, é experimentar o “Boma”, um tipo de churrasco a céu aberto com vários tipos de comida que praticamente todos os Lodges fazem para seus hóspedes.


Quem estiver a fim de saber mais, ele trabalha com isso lá e pode ajudar, entre em contato com o Ederval através do e-mail: ederval.carbonaro@gmail.com






quarta-feira, 11 de julho de 2012

TREKKING NO PANTANAL SUL MATOGROSSENSE




Sempre tive interesse pelo Pantanal e, depois de morar por 8 anos em Bonito-MS, pude conhecer um pouco dessa região.
Um dos lugares que me encantou foi a Faz. Baía das Pedras.  Tem época que está inundada, seca, molhada, com barro, enfim, tem para todo tipo de gosto.  Passei alguns dias por lá e, a poucos metros da casa, passava um rio, que, depois de me informar, fiquei sabendo que era uma “vazante”, a vazante do Castelo.  A água que vinha da região norte do Pantanal desce por ali e vai se juntar  ao Rio Negro.
Conversando com os proprietários me explicaram que, na época da seca, essa água some e se transforma em um imenso gramado de 60km que termina no Rio Negro, no meio do Pantanal.
Automaticamente minha cabeça começou a funcionar e me veio a idéia de fazer esse caminho a pé e de caiaque.
Esse sonho ficou algum tempo nos meu planos até que , em conversa com os proprietários, eles aceitaram a idéia e lá fui eu fazer a parte seca, a pé.
Convidei o Fábio, um amigo de infância que nem deixou eu terminar de falar e já topou! Fomos para Campo Grande de ônibus, 14 hs tranquilos 
Fomos muito bem recebidos pelos proprietários Rita e Dóio que nos deram total apoio.
 A seguir faço um relato resumido do que foi essa viagem.
Primeiro dia
A partir de Campo Grande, em um Land Rover Defender 110 seguimos para o Pantanal. São aproximadamente 5 hs(300km pantanal a dentro) de viagem com parada para almoço. Tempo esse que serviu para muita proza e causos. Depois de muita poeira, pontes, aves e conversa, chegamos a sede da Pousada e permanecemos na fazenda o resto do dia para descanso e passeio curto (veículo sem tração 4x4 não chega)
Segundo  Dia
Dia na Fazenda para passeios (cavalgada, fotos,  banho na lagoa, canoa, roda de téréré, focagem noturna) e preparativo de mochilas para trekking.
Terceiro  dia (Trekking)
Após café da manhã iniciamos o trekking , o objetivo era rodar metade do caminho e dormir em um abrigo conhecido como redário. Lá tem uma bela infra estrutura montada para quem faz cavalgada: Banho quente, fogão a lenha, banheiros,  mesa e redes para dormir. Andamos o dia inteiro enquanto, por uma estradinha invisível para nós, seguia um carro de apoio que nos encontraria em pontos determinados. Para segurança tínhamos um rádio que conseguíamos falar com o carro e a fazenda. Essa prevenção toda era porque ninguém tinha feito isso ainda e não sabíamos o que poderíamos encontrar. Os relatos de ataques de Onça Pintada as criações eram comuns e também não sabíamos se conseguiríamos fazer todo o percurso. Sem contar outros riscos como cobras, torções, Porco Monteiro, .... Andamos o dia inteiro observando aves e animais, um visual incrível!
A nossa estrada chegava a ter mais de 200mts de largura, e isso tudo fica coberto de água!
A dica era para seguir o leito do rio, mas, em determinado ponto, era tão grande que nos perdemos e tivemos que voltar. Em uma bifurcação do rio, pegamos o lado errado. Ele formava uma baía e acabava. Voltamos e seguimos pelo caminho certo. Perdemos mais de 1h nesse caso.
Mais um tempo caminhando e encontramos no meio do gramado um caranguejo morto. Confesso que num primeiro instante fiquei com cara de ponto de interrogação, mas depois “caiu a ficha”! Estávamos no leito de um rio que secou.
Em determinado ponto da caminhada, passamos por uma fazenda.  Nesse ponto não tinha jeito, iríamos molhar os pés. Sem problemas! Aproximadamente 40cm de água para cruzar e, ao chegarmos perto tomamos um susto! Vimos dois olhos se afastando pela água que iríamos atravessar. Eram poucos metros, uns 30 talvez, mas, pareciam 300!! E o pior, o Jacaré estava saindo e ....afundou! Muito bom! Não tinha jeito, o negócio era atravessar logo! E o fizemos! Parecia que estávamos caminhando em brasas!! Pedi para o Fábio ficar parado para uma foto com a água na canela.....hehehehe....pura sacanagem!!
 Depois da travessia, nos sentamos e aproveitamos para um lanche, torcer as meias, escorrer a água das botas e dar umas boas risadas, pois ainda tínhamos mais caminhada pela frente!
Depois de um bom tempo de caminhada vimos no horizonte um pontinho e pensamos: chegamos! ! Para nossa surpresa, era uma casa de trabalhadores que ficam meses ali. Estavam colocando carne para secar ao sol, pois não tinha energia elétrica. Eles matam o que vão comer, salgam e deixam  ao sol. Era contrastante, a gente com energéticos, GPS, rádio,  e eles nem luz tinham!























 A princípio ficamos meio desanimados, pois já havíamos andado uns 30km e estávamos cansados, mas, o redário estava próximo! Enquanto conversávamos com os trabalhadores, chegou nosso carro de apoio e nos deu uma carona de 2km até o redário, pois já estava escurecendo.
Por ser plano e tudo muito grande, nos fogem as referências. Não dá para “procurar” alguma referência como uma casa, antena ou curral em tanto espaço, andávamos em determinada direção porque nos foi falado que encontraríamos o que procurávamos. Simples assim...
O Redário pareceia um Oasis!! Todo cheio de tela e conforto! Tem uma história que enquanto construíam esse local, numa das manhãs os trabalhadores acordaram e ficaram espantados com as pegadas de uma provável onça pintada que atravessou toda a obra enquanto eles dormiam! Ficamos sabendo dessa história enquanto jantávamos no abrigo....cercado com uma cerca de meio metro e tela mosquiteiro....hehehe...
Jantamos um tradicional arroz carreteiro e caímos na rede! Um merecido descanso!
Quarto dia (Trekking)
No dia seguinte, depois de um belo café da manhã, seguimos o nosso caminho! Pequenas lagoas abrigavam magros jacarés que esperavam por qualquer tipo de comida! Numa dessas lagoas, ao me aproximar de sua margem, um jacaré foi saindo em minha direção e eu, fugindo dele. Eles estão famintos e sem nada para comer!
Esse percurso nos permitiu observar várias espécies de animais em seu habitat natural como:  Jacarés, Capivaras, Quatis, Porco Monteiro, Queixada, Anta, Cervo do Pantanal, Veado Campeiro...e várias aves: Tuiuiús, Garças, Colhereiros, Araras, Cabeça-secas,....inesquecível!! Era o tempo todo vendo esses bichos!
Ao final, o leito do rio foi ficando estreito, estreito, estreito e apareceu água!  Agora estávamos margeando um rio, com a mesma fé que chegaríamos no Rio Negro. Nesse percurso encontramos Ariranhas. Elas estavam surpresa conosco e nós com elas. Nos acompanharam por um tempo e sumiram! Logo depois sumiu a margem do rio! Era uma mata fechada! Demorou um pouco até acharmos um trilha para seguir e , quando achamos, alguns minutos depois chegamos no nosso objetivo, o Rio Negro! Nosso carro de apoio já estava por lá! Passamos uma água no rosto e seguimos para conhecer a fazenda Rio Negro e  de volta para a Fazenda Baía das Pedras. A volta foi por estradas  de terra e areia, com muita porteira para passar e mais bichos! Passamos por fazendas que estavam a poucos metros de onde caminhávamos e nem percebemos!
Ao chegarmos de volta a Baía das Pedras, tivemos um belo jantar e um merecido descanso, pois no dia seguinte já retornaríamos para Campo Grande!
Para quem gosta de trekking, esse passeio é fantástico por vários motivos: exclusivo, seguro, se quiser tem conforto, terreno plano e cênico
O ideal é um grupo pequeno de no máximo 8 pessoas devido a logística toda.
Só de pensar que está caminhando pelo meio do Pantanal Sul Matogrossense, totalmente isolado do mundo já é uma sensação incrível!
Existe a opção de ir para a fazenda de avião e escapar das 5 horas(300km) de viagem partindo de Campo Grande.
Se interessou? Entre em contato!