Carinhosamente chamada de Pinhal, a origem da cidade é oriunda dos índios Caiapós que habitavam a região nordeste do estado de São Paulo e viviam em pequenas aldeias cultivando milho e mandioca, bem como da caça, pesca, mel e frutas nativas. Fabricavam a igaraçaba (urna funerária) para enterrar seus mortos.
No final de 1700, as Entradas (expedições de carater oficial visando a conquista da terra e a consolidação do domínio Português, combatendo as tribos indígenas rebeldes) e as Bandeiras (particular, seu objetivo era nitidamente econômico, empreendida sobretudo por Paulistas, para capturar índios e utilizar sua mão de obra no trabalho, além de descobrir jazidas de pedras e metais preciosos de Minas Gerais e Goiás), ajudaram a povoar a região.
Bandeirantes como Fernão Dias Paes, Borba Gato e Anhanguera foram importantes para a expansão territorial do Brasil, o povoamento do interior e o levantamento de recursos naturais, mas, por outro lado, dizimaram populações indígenas e atacaram missões jesuíticas para aprisionarem nativos, dentre eles os Caiapós, considerados valentes guerreiros.
A formação da cidade começou na primeira metade do século XIX, quando Romualdo de Souza Brito, vindo de Mogi das Cruzes, estabeleceu-se nestas terras dedicando-se à agricultura juntamente com outros membros de sua família. Devido a chegada de outros agricultores em suas terras, Romualdo e sua esposa Tereza Maria de Jesus resolveram, para acabar com os problemas de invasão, doar as terras que estavam sendo disputadas para formar o patrimônio do Divino Espírito Santo. A partir dessa doação de aproximadamente 40 alqueires, surgiu uma igreja e um povoado, que com o passar dos anos recebeu o nome atual. É o mesmo local da atual igreja matriz da cidade.
O nome é uma homenagem a terceira pessoa da Divina Trindade, “Espírito Santo” e, “Pinhal”, se deve ao fato da região ser rica em araucárias.
Espírito Santo do Pinhal, deixa de ser ligado a Mogi Mirim para se tornar município em 09 de Abril de 1877.
O café
Por volta de 1850, a região começou a apostar no cultivo do café, o que trouxe para região um número significativo de escravos para trabalhar nas lavouras. A maioria das famílias da região eram de origem italianas, que trabalhavam arduamente nas lavouras, fazendo de Pinhal um dos principais focos produtores do Brasil e, ficando marcado também por ser uma das primeiras a registrar a libertação dos escravos, antes mesmo da abolição oficial.
Em 1929 o café começa a perder suas forças no município, seguindo o rastro da quebra da Bolsa de Nova York. A partir desse fato, com o êxodo rural, a cidade passa a apresentar características de serviços.
Pinhal hoje
Com base no censo de 2010, Pinhal tem aproximadamente 42mil habitantes e o café continua sendo sua principal cultura agrícola, seguida pela cana-de-açúcar e milho, além de indústrias de metalurgia e confecções.
Com vários escritórios de café, a cidade ainda tem uma Cooperativa fundada em 1959, armazéns e uma das principais indústrias de máquinas para processamento de café do mundo.
Na parte da educação está muito bem servida com o Centro Regional Universitário de Espírito Santo do Pinhal que forma profissionais em diversas áreas como: exatas, humanas, sociais, saúde e agrária, recebendo alunos de todas as regiões do Brasil
Nas trilhas da região.
Todos sabemos que normalmente não se planta café em terreno plano e que, onde o gado não consegue subir para comer, se planta café, então, região de café é sinal de muitas subidas e descidas, relevo ideal para nossas trilhas!
O ponto de encontro mais fácil é em frente a loja MZe Motos, na praça Treze de Maio, 39, no centro, local fácil de chegar. É só combinar com o José Fernando que ele agiliza!
Entrando na cidade, siga a avenida Washington Luiz (com canteiro no meio) até a rotatória. Na rotatória tem um posto, siga pela esquerda do posto, você estara na rua Barão de Mota Paes, continue até encontrar uma praça do lado direito. Siga em frente e ao final da praça, no seu lado esquerdo estará a Loja MZe Motos.
Para facilitar, agende antes e leve o guia Néco, trilheiro gente boa que conhece tudo pela região e tem opções de trilhas para andar o dia inteiro!
A saída é por estradas vicinais e, quando menos esperar estará em meio a plantação de café com uma subida de terra seca, muitos galhos e bem íngreme onde as motos não conseguem aderência e exige técnica, paciência e uma ajudazinha. Ao final o suor já vai estar escorrendo!
Depois da subida o caminho é pelas ruas de café que, dependendo da época, pode-se aproveitar e experimentar um cafézinho direto do pé! É só pegar as vermelhinhas, chupar e jogar a semente. Saboroso!
Sigam o Néco que ele te levará para outras trilhas, alguns atoleiros e outras subidas com café, sem café, enfim, tem de todo tipo para agradar a todos!
O ponto mais alto da trilha é, depois de passar por um pouco de trilhas de gado, chega-se a uma laje de pedra com um belo visual, mas, ainda não é o mais bonito, seguindo pelo meio de uma mata fechada, ao terminar tem-se a surpresa. Uma paisagem ainda mais bonita da região! Desse ponto em diante é só descida com pedra, barro, mato, e tudo o mais que trilheiro gosta!
Uma casa abandonada e um curral marcam um ponto onde pode-se beber água que escorre pela montanha, momento de comunhão com a natureza que nos permite “abastecer o reservatório” de água. Desse ponto em diante uma longa descida com muitas pedras e alguns pontos molhados farão com que mantenha toda a atenção na trilha. Ao final, a sensação de passar pelo meio de um milharal é bem diferente pois, com o milho grande, as chances de tomar algumas “espigadas” na mão e braço são grandes, bem divertido!
Em meio a muitas subidas e descidas, num determinado momento estará no alto de uma montanha que, de um lado é Espirito Santo do Pinhal-SP e do outro, Jacutinga-MG. Se optar em descer para Jacutinga-MG, uma lisa descida o aguarda! Difícil de se manter em pé, essa descida é no meio da mata que, devido a sombra e o tipo de solo, à torna muito, mas muito escorregadia. Qualquer uso do freio tem que ser suave, do contrário é chão na certa, por isso cuidado!
Uma vez em Jacutinga-MG pode-se optar em comer alguma coisa e se preparar para voltar por trilha, estrada de terra ou asfalto/terra, vai de acordo com o tempo que estiver sobrando.
Dentre as trilhas que fizemos destaquei a “Trilha da Pedra do Lírio” e o “Morro do Corezzola”.
Aconteceu
Fatos interessantes desse dia: Um piloto do grupo perdeu a “poxete” com dinheiro, xerox de dctos, cortador de unha, ferramentas e mesmo assim não perdeu o humor, tirando a “dentadura” para a foto do grupo. Duvida? Olha na foto!!
Um outro, de tanto que gosta de café, abriu uma segunda boca um pouco abaixo da tradicional, no meio do cafezal. Um terceiro, na primeira subida já estava se perguntando: “o que eu vim fazer aqui?” com o suor escorrendo por todos os lados...coisas de trilheiros....
Altimetria do percurso |
Meu muito obrigado,
aos parceiros de trilhas: Valter Franco, Valmir Vicente, Marcos Roberto Ferreira(Marquinho), Diego, Adriano Biazoto, João Carneiro, Ricardo Gino, Neco, Cristiano(Frango Veloz), Alexandre Mizukami, Luiz Carlos Polydoro e por fim, Rubian e Mortadela que vieram de Santa Cruz das Palmeiras-SP para andar conosco!
Dicas
- Entre em contato com o José Fernando (19) 3651-6095 para combinar e marcar com o Neco, garantindo assim trilhas para o dia inteiro.
- Não vá com pneu ruim, são muitas subidas
- Leve água e algo para comer, as trilhas irão exigir muita energia e suor
- Tente sair no máximo as 9hs para aproveitar a região
- Leve uma câmera fotográfica para ficar registrado
- Tente marcar uma parada no restaurante Tijoleiro em Jacutinga-MG, a melhor leitoa pururuca está lá...difícil vai ser subir na moto depois!
Pinhal Palace Hotel - http://www.pinhalpalacehotel.com.br - (19) 3651-2341
Onde comer:
O Celeiro: Estrada Pinhal/Albertina km 1 (19) 3651-6748 (somente aos domingos)
W Bassi: Av. Oliveira Motta, 39 - Centro (19) 3651-1871